No post anterior questionei se está na hora de revermos os conceitos e estrutura da gastronomia diante do conflito existente entre sonho e realidade. Pois, percebo que existe dificuldades na entrada da nova geração formada no mercado gastronomico atual. Por um lado glamour e beleza para poucos e por outro stress e baixa remuneração para a maioria.
Muita gente nova está entrando no mercado com o sonho de se tornar grande chef e propritário de seu estabelecimento. Outros querem logo aproveitar o momento e viajar depois de formados para conhecer o mundo. Porém quando chegar o momento do trabalho do dia-dia, muitos dos recém formados se assutam com o volume e o trabalho pesado que os espera.

Pergunta: o que acontece? O que o aluno espera da gastronomia e de seu futuro após sua formação? O que a instituição lhe promete e vende?
Está na hora da gastronomia rever os seus conceitos e estrutura? Eu acho que não, pois a dinâmica da prestação de serviço continua a mesma – cozinhar e servir alguém!
Nós não deverímos mudar toda a infra-estrutura e sistema de hierarquia ou da brigada para adaptar o chef da Geração Y ao mercado. O que seria da gastronomia hoje sem a experiência e conhecimento dos grandes chefs para seu desenvolvimento.
O chef da Geração Y precisa entender que para entrar no mercado é preciso começar pela base para obter experiênica. E por outro lado nós chefs, cozinheiros e escolas e universidades de gastronomia temos a responsibilidade de deixar isso claro para que alunos talentosos não se frustrem no futuro.
Começei a minha carreira como commis de cuisine, trabalhei muito e ganhei pouco, assim como todos os outros que estavam se formando. Com o tempo o meu salário acompanhou a minha experiência e hoje eu tenho orgulho do conhecimneto e experiência que adquiri quando trabalhei em cruzeiros, restaurantes e hotéis de grande estilo.
Bom trabalho!!!
Chef Heiko Grabolle